CD solo do conhecido produtor do projeto "Música do Brasil" e de bandas como o Pato Fu, Zelia Duncan e Mestre Ambrosio. É uma síntese de tudo o que ele já fez, combinando a canção com estilos musicais de todos os rincões do Brasil, inclusive do Brasil urbano. Aliado a isto está o imenso talento e experiência de Beto como arranjador e produtor.
download Beto Villares - excelentes lugares bonitos [2003]
31 de março de 2008
Beto Villares
Roberta Sá
Hugo Sukman
Roberta Sá - Mais Alguém
Roberta Sá - O Pedido e Alô Fevereiro
download Roberta Sá - Sambas e Bossas (2004)
download Roberta Sá - Braseiro (2005)
download Roberta Sá - Que belo estranho dia pra se ter alegria (2005)
Myspace da cantora
Site oficial da cantora
Orquestra Imperial
Não Foi Em Vão - Orquestra Imperial
Download Orquestra Imperial - Carnaval só ano que vem (2007)
Myspace da banda
Site oficial da banda
DonaZica
DonaZica é:
Iara Rennó – Voz e Violão
Anelis Assumpção – Voz e Percussão
Andreia Dias – Voz
Simone Julian – Sax e Flauta
Marcelo Monteiro – Sax e Flauta
Mariá Portugal – Percussão
Gustavo Ruiz – Violões
André Bedurê - Baixo
DonaZica - Nua e Crua
Download DonaZica - Composição (2003)
Download DonaZica - Filme Brasileiro (2005)
Myspace da banda
Site oficial da banda
Os Sonantes
Selo de Gravação: SeloInstituto/Candeeiro
Ilmos. Senhores(as) proprietários de aparelhos auditivos por ventura bloqueados, venho por meio desta solicitar-lhes a desobstrução de suas vias. É chegada a hora e a vez da cotonete! Reconheço, é bem verdade que nessa era caracterizada pela overdose de informação, a reação de tapar as orelhas muitas vezes faz sentido, pois o BPM da vida moderna acelera mais e mais a cada novo amanhecer, e nem sempre existe a chance de separar o joio do trigo. E, por isso mesmo, chamo atenção a esse... momento, esse encontro, essa convergência denominada Sonantes. Sim, porque nesse caso, “projeto” não é termo que explique bem a intenção. Afro, latino, cancioneiro, modernamente eletro-acústico, pernambucano, planetário, o disco se coloca, de maneira espontânea e imponente, na linha evolutiva da música daqui, ao valorizar muito a composição e a interpretação. Céu, a cantora que deslumbrou o Brasil e o mundo mas não se deslumbrou, é a voz que conduz esse trabalho, que, vale deixar claro, não é seu aguardado segundo álbum, mas uma verdadeira conseqüência do cotidiano. Tanto ela e seu parceiro Gui Amabis (compositor e produtor de background cinematográfico), quanto o irmão dele, o também produtor e trilheiro Rica Amabis (Instituto), e a dupla Dengue e Pupillo, mais conhecida como A Cozinha Da Nação Zumbi, residem todos no mesmo conjunto de prédios, nas Perdizes Paulistanas. Então, muito além dos palcos e estúdios, os cinco responsáveis centrais por essa obra dividem também as contas, o lanche na padaria, as piadas de bairro e os dias chuvosos. Quando os últimos se juntaram sob a alcunha de 3 Na Massa, o espírito já era meio esse, mas a troca das várias cantoras (convocadas para a estréia deles) pela dupla do edifício ao lado intensificou largamente o clima Lá Em Casa, que é uma das cores mais marcantes, um dos trunfos dos Sonantes. Isso sem falar em outro trunfo chamado Jorge Du Peixe. O linha-de-frente da Nação é praticamente uma entidade que páira sobre o disco todo. Primeiro, a primeira faixa: regravada aqui, Carimbó foi, lá nos idos de Rádio S.AMB.A., um dos mais importantes passos na construção do estilo-próprio de vocal que ele lapidou nos trabalhos seguintes da NZ. Depois, o cara co-assina a arte do encarte e ainda deu nome à criança. Fora ele, outros comparsas, como Siba, Lúcio Maia, Beto Villares, Daniel Bozio, Toca Ogan, Fernando Catatau, Gustavo Da Lua, Pepe Cisneros, Sergio Machado, B-Negão e Apollo 9, também chegaram junto e contribuíram com performances (e, em alguns casos, composições) que completam o panorama em grande estilo. Agora, já ciente da receita, resta aos homens e mulheres de boa vontade apenas a opção de deixar os Sonantes soarem, e se deliciarem. Sem mais, me despeço, desejando boas audições.
São Paulo, Natal de 2007, Rodrigo Brandão.
download Sonantes(EP) [2008]
01. Quilombo te espera
02. Carimbo
03. Miopia
04. Itapeva 51
05. Looks Like to kill
Myspace dos sonantes
Céu
A primeira surpresa é sua voz aveludada e encantadora, véu poético na contra- mão dos formatos habituais da música brasileira. Ao mesmo tempo intimista e marcante, sua música passa a tranquilidade contagiante dos primeiros raios de sol depois da tempestade.
Esta jovem compositora e intérprete está no ponto de encontro das músicas urbanas atuais com da tradição afro- brasileira. Um lugar privilegiado, onde o hip hop, o jazz e a música brasileira se encontram, onde as sonoridades eletrônicas se transformam simplesmente em ritmos regionais.
Surpreendente CéU. Personagem discreta, madura, audaciosa, reservada e convicta de seu caminho musical. Esta artista de alma livre revela nas suas primeiras gravações toda a intensidade do seu talento refinado de compositora e intérprete que a levarão com certeza ao sucesso.
A composição "Lenda" ,por exemplo, é uma expressão de delicadeza. A música é reduzida aos seus elementos fundamentais: voz, melodia e o arranjo instrumental minucioso.
Esta "lady" da canção faz o tempo parar. Uma voz divina e um fraseado gracioso que poderia ser comparada às divas do jazz, referência que ela rejeita por excesso de pudor.
Sensivelmente bem servida pela produção complexa e minimalista de Beto Villares, responsável pela roupagem moderna eletroacústica do disco. Beto tratou os elementos com extrema elegância e simplicidade, indo direto ao essencial.
O resultado é um disco limpo, refinado, com equilíbrio perfeito entre a textura eletrônica e as sonoridades tradicionais brasileiras. Percebe-se em cada uma das faixas do álbum as melodias inspiradas, onde o tempo às vezes é dado por uma instrumentação isolada, ou por um “groove” preguiçoso de ritmos programados. As misturas de influências são desconcertantes, o que era de se esperar, sabendo que os nomes de Beto e Céu circulam no underground paulistano como dois dos principais representantes da nova geração de músicos.
Com este primeiro disco, Céu se inscreve definitivamente na linha dos artistas responsáveis pelas novas páginas da história da música brasileira.
Céu - Lenda
Baixe os Cds:
Céu - Céu (2005)
Céu - Programa Bem Brasil (2007)
Myspace da Céu
3 na Massa
A idéia é perfeita: Mulheres; - mulheres falando de suas experiências amorosas com homens (ou não...) que marcaram as suas vidas de algum modo, seduzindo, ou sendo seduzidas, pervertendo ou sendo pervertidas por estes (as).
A sensualidade transborda pelas beiradas do disco mundo a fora e enche os ouvidos de belas estórias entremeadas por musicas que podem soar ora picantes, saudosas, alegres, divertidas (quase que circenses) ou como devaneios eróticos em um parque de diversões. As vezes lembra-me algo dos filmes de Fellini, como também podem ser a trilha sonora de uma das imaginativas estórias de Millo Manara ou quem sabe ainda uma nova releitura das coisas produzidas por Serge Gainsbourg nas décadas de sessenta e setenta, entretanto, com originalidade, brasilidade e estilo pra ninguém botar defeito.
Mas o que danado significa “3 NA MASSA”? Ainda não entendi nada! Quem são os três e que raios é massa? Serão donos de padaria, pizzaria? Calma que a explicação vem agora:
Formado pelos “metidos a produtores” Rica Amabis (instituto), Pupillo (nação zumbi) e Sucinto Silva (também da nação zumbi), o trio (daí três) conta com a cozinha (baixo e bateria) da supra citada banda de Recife e as hábeis mãos do garoto prodígio da capital paulista pilotando as gravações e incrementando as musicas com muito molho e recheios de dar água na boca. Por esta razão eles estão com a “mão na massa” como se diz nas ruas .
Convidados e convidadas especiais (indispensáveis por sinal) dão força e forma necessárias e vitais para a realização da empreitada, revezando-se sem tirar de dentro e sem perder o fôlego. Preparem-se para chegar ao clímax de pura alegria e prazer.
download 3 na Massa - na confraria das sedutoras[2008]
1 - Certeza (Leandra Leal)
2 - O Seu Lugar (Thalma de Freitas)
3 - Doce Guia (CéU)
4 - Tatuí (Karine Carvalho)
5 - Estrondo (Geanino)
6 - Lágrimas Pretas (Pitty)
7 - Pecadora (Simone Spoladore)
8 - O Objeto (Nina Becker)
9 - Quente Como Asfalto (Cyz)
10 - Morada Boa (Nina Miranda)
11 - Certa Noite (Karina Falcão)
12 - Sem Fôlego (Lurdes da Luz)
13 - Tarde Demais (Alice Braga)
Myspace da banda
30 de março de 2008
Jean Nouvel - The 2008 Pritzker Architecture
O vencedor do prêmio máximo da Arquitetura - The Pritzker Architecture de 2008 é o francês Jean Nouvel!
Confere em www.pritzkerprize.com
A Rep. Nem Veno errou o laureado, mas tudo bem... aí vão algumas obras do cara:
Mais projetos no site: http://www.jeannouvel.com/
...crise imobiliária é sim, crise de Crédito!
Os Estados Unidos e sua crise econômica
O sistema financeiro que conhecemos esgotou uma modalidade de rapina, desconhecida pela grande maioria do povo, mas que afeta a todos nós, apesar de não sabermos direito como funciona. Como disse Henry Ford: “É bom que o povo não entenda nosso sistema bancário e monetário, porque se entendesse, acho que haveria uma revolução antes de amanhã”.
Fernando López D’Alesandro - Rebelión
1. Uma breve síntese históricaDurante os felizes anos 1990, a expansão econômica parecia infinita e ia em dois sentidos, para a frente e para cima. O capitalismo tinha encontrado sua fórmula mágica “definitiva” para superar as crises – chamadas agora de recessões - manipulando os instrumentos financeiros que permitiam que os refluxos fossem relativamente breves e de baixo impacto. Em essência, a fórmula adotada no “Consenso de Washington” apelava para a abertura dos mercados, a liberalização absoluta do fluxo de capitais, a “inflação financeira” quase descontrolada e o controle dessas desregulamentações pelos instrumentos mundiais de controle (FMI e Banco Mundial).
É claro que ao longo dos anos 1990 houve uma seqüência de crises diversas – a dos “tigres asiáticos”, Rússia, Turquia, México - porém, as respostas para todas elas foi aplicar a fórmula mágica: injetar dinheiro em seus sistemas para que o jogo continuasse. E esse jogo, por sua vez, foi um imenso multiplicador do dinheiro, tanto do real quanto do fictício.
Nesse marco, os mercados de futuros cresceram como nunca. Com a abertura do NYMEX, em 1988, os Estados Unidos passaram a controlar o preço do petróleo, reduzindo assim os duros efeitos da crise petroleira de 1973 e gerando um mercado de futuros que expandiu a especulação e a injeção de dinheiro no sistema de forma massiva.
Paul M. Sweezy, em seu último trabalho, pouco antes de morrer, explica claramente a situação. Na verdade, Sweezy demonstra que a “expansão”, que ele analisa e critica duramente, já estava presente em todas as suas modalidades em meados dos anos 1980. Talvez o exemplo da origem da situação atual nos seja oferecido por um exemplo didático para aqueles que não somos economistas: vamos supor que um dono de loja deposita 1000 dólares no Banco A e desse depósito 800 dólares são emprestados e depositados no Banco B. “Agora, o Banco B tem um aumento em seus depósitos de 800 dólares, dos quais 160 são mantidos em reserva e 640 dólares são emprestados. A seqüência continua quando 512 dólares terminam entre os depósitos do Banco C, etc. O depósito inicial de 1000 dólares cresce, finalmente, para 5000 dólares”. Esse dinheiro na verdade não existe, os mil dólares iniciais são os reais, os 5000 finais, que supostamente estão no sistema financeiro, são fictícios, são produto da especulação.
Essa “bicicleta” de artifícios foi o que o capitalismo financeiro esteve fazendo desde meados dos anos 1980 e a queda do comunismo deu mais alento ao modelo, porque com ela ficava demostrado que o capitalismo era imbatível e que os EUA eram seu motor indiscutível. O “Consenso de Washington” foi a benção final para a abertura e para a globalização feroz, dando o aval “definitivo” para a especulação financeira como receita e solução dos problemas. Hoje sabemos que o fracasso é retumbante.
No meio deste processo, Alan Greenspan assume a presidência do Federal Reserve (FED) e se transforma, durante 18 anos, em guru da globalização e da expansão financeira e econômica mundial. Sua receita não foi muito diferente dos acordos do “Consenso de Washington” poucos anos depois, aplicando nos EUA a solução de promover uma seqüência de “bolhas”. A primeira em importância foi a bolha das “ponto com”. Uma suposta “nova economia”, baseada em bens intangíveis e na alta tecnologia, abria passagem a tal ponto que a Bolsa de Valores de Nova York criou um índice especial para avaliar sua cotação: o NASDAQ.
A bolha das “ponto com” estourou no final dos anos 1990. Muitas das empresas líderes entraram em crise terminal, a especulação financeira e as expansões de crédito fundadas nessas empresas afundaram e a “metal-mecânica” — a grande vencedora da Guerra do Golfo Pérsico, em 1990 — renasceu com força. Mas a solução de Greenspan foi rápida e simples: criar uma nova bolha.
De fato, a crise das “ponto com” foi solucionada com a manipulação das taxas de juros da FED. O Federal Reserve determina o valor do dinheiro por meio da taxa de juros que cobra dos bancos quando empresta ou entrega dinheiro. O valor dessas taxas determina o preço do dinheiro, ou seja, o juro cobrado pelos bancos quando oferecem créditos aos seus clientes. Assim, se a taxa da FED cai, os créditos também caem; se ocorre o contrário, as taxas dos créditos sobem. A “mão oculta do mercado” é, na verdade, a mão do presidente do banco central dos EUA.
Durante os últimos anos da década de 1990, o FED reduziu a taxa de juros aos seus índices mínimos históricos. A partir dessa época e até julho de 2004 os tipos de juros da FED eram de 1%. A razão? Injetar “dinheiro barato” no sistema financeiro para promover uma reativação após a crise provocada pela queda das “ponto com”. A injeção de “dinheiro fácil” expandiu o crédito e, com isto, o consumo e a economia teve uma reativação, mas criando uma nova bolha que relançou o sistema: a “bolha sub-prime” a dos “bônus hipotecários lixo”: a bolha imobiliária.
A injeção de dinheiro barato expandiu o crédito com baixas taxas de juros e a especulação financeira adquiriu novo fôlego, mas com uma modalidade “engenhosa”, dirigida ao mercado de hipotecas imobiliárias.
Quando a expansão do crédito imobiliário chegou ao seu ponto máximo, a banca dirigiu seus olhos aos setores que não possuíam moradia própria e que não tinham possibilidade de aceder a créditos. Estes são os pobres dos Estados Unidos, aqueles com baixa renda ou com um histórico de maus pagadores, que não tinham acesso às hipotecas porque representavam um risco muito alto. Mas agora, com a taxa de juros da FED em 1%, supostamente qualquer um podia pagar as hipotecas e o sistema financeiro lançou-se à caça daqueles que devido ao seu baixo nível de renda ou ao seu mau histórico só podiam ter acesso a créditos baratos. Assim, lançaram uma campanha de captação de clientes, oferecendo hipotecas com juro variável, com a expectativa de que as taxas da FED não iriam subir. O risco era enorme, os pobres podiam deixar de pagar se os juros subiam, mas essa era apenas uma hipótese, e certamente isso não ia acontecer.
Mas o risco existia e todo o mundo sabia disso. Conseqüentemente, para financiar as hipotecas de alto risco —“sub-prime”, ou seja, abaixo das melhores— e ficarem cobertas, além de para captar capital, as instituições financeiras lançaram no mercado uma série de bônus “sub-prime” respaldados por créditos hipotecários de risco. Dado o nível de risco, os juros que esses “bônus hipotecários lixo” pagavam eram altíssimos, em média de 30% ao ano. E para torná-los ainda mais “tentadores” jogaram uma carta ainda mais arriscada: conseguiram o aval das seguradoras de crédito.
Termine de ler a reportagem pelo link: Agência Carta Maior
Outras obras excelentes do cartunista Carlos Latuff.
clica no link pra visitar a galeria do cara: Latuff
BRIC - Que venha a nova ordem mundial...
Ford vende Jaguar e Land Rover para a Tata Motors
Fonte: Gazeta do Povo - 27/03/08
A Ford fechou por US$ 2 bilhões a venda da Jaguar e da Land Rover, suas duas marcas de luxo, para a montadora indiana Tata Motors. O negócio vai colocar nas mãos da fabricante do carro mais barato do mundo, o Nano, que custa o equivalente a R$ 4,5 mil, duas das marcas mais tradicionais do Reino Unido.
Com isso, a Tata Motors, do magnata Ratan Tata, um dos empresários mais importantes da Índia e que enxerga longe, vai se tornando também uma gigante da indústria automobilística. A montadora, agora, passa de prima pobre a nobre, e vai circular nas rodas mais populares e também nas mais luxuosas do mundo.
US$ 12,7 bilhões de prejuízos
A Ford optou pela negociação com a Tata Motors porque ela tem experiência no mercado e capital para investimento. A montadora norte-americana preferiu se desfazer das duas marcas inglesas para cobrir prejuízos recordes de US$ 12,7 bilhões no ano passado.
A decisão de vender as marcas inglesas foi uma estratégia da Ford de se concentrar no mercado americano. A empresa quer se tornar mais enxuta e competitiva.
A Jaguar foi comprada pela Ford em 1989, por US$ 2,5 bilhões. A Land Rover veio no ano seguinte, por US$ 2,75 bilhões. Agora, elas vão ser vendidas por US$ 2 bilhões, menos da metade do valor pago pelas duas. A idéia é recuperar as perdas dos últimos anos, que quase levaram a montadora americana à falência.
Tata Motors
A negociação vira os holofotes para uma empresa que vai aos poucos se tornando uma gigante da indústria automobilística. A Tata Motors é um dos braços do grupo Tata, cujo conglomerado conta com indústria de aço, montadora de caminhões, e fábricas de software, que fatura US$ 48 milhões por ano.
O Nano é pequeno, feito sob medida para bolsos do tamanho dele. Custa cerca de R$ 4,5 mil na Índia, o mesmo valor só do sistema de som implantado em um Land Rover. A Jaguar e a Land Rover têm máquinas luxuosas, que cabem no orçamento de poucos mortais. Mas, agora, todos vão sair do mesmo forno, sem discriminação.
29 de março de 2008
Ecocentro - IPEC
Vale conferir o site do Ecocentro - IPEC (Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado)
www.ecocentro.org
Antes dá uma olhada nas reportagens:
Globo Reporter
Casa Sustentável
Sistema de Captação de Água da Chuva - Ecocentro
Aliança PV e PSDB?? Nem Freud explica...
...Quais seriam as prioridades de um governo Gabeira?
Não há solução que não passe pelo crescimento econômico da cidade. Vamos ter que achar um caminho para envolver a iniciativa privada e estimular uma retomada para o desenvolvimento da cidade, como a reconstrução do nosso porto e a recuperação de áreas abandonadas, como o centro da cidade. O segundo ponto, evidentemente, é a questão da violência e teremos que nos integrar na luta do governo federal e do governo estadual contra a criminalidade urbana.
O presidente Lula costurou uma sólida aliança com o governador Sérgio Cabral (PMDB), que tem trazido muitos recursos para o estado. O senhor, que rompeu com o PT, pretende manter o isolamento do Planalto que é a marca do atual prefeito democrata?
Não repetirei César Maia. Não sou César Maia. O Rio precisa de cooperação entre as três esferas de poder. Vou apostar na integração com os governos estadual e federal. E, se houver eventualmente ressentimentos a meu respeito, vou convencer meus parceiros de minha convicção no êxito da conjugação de esforços. Não podemos traduzir a eleição municipal como se fosse uma miniatura dos conflitos federais. Especialmente no Rio, a situação é muito peculiar e exige que deixemos de lado nossas diferenças.
A Frente Carioca, com PV, PPS e PSDB, pode ser ampliada?
Esperamos que sim, mas não é fácil. Fiz contato com o (deputado estadual Alessandro) Molon (do PT) e com o (deputado federal) Chico Alencar, do Psol, em busca de parceiros para mudar a nossa cidade. É difícil, porque seus partidos insistem em ter nomes próprios, mas acredito que estaremos juntos num eventual segundo turno.
Como o seu passado como guerrilheiro e exilado, de luta contra a ditadura, definiu o político que o senhor é hoje?
O processo da luta armada, do exílio, foi muito doloroso e considero hoje que fiz, da forma que julguei correta, uma tentativa de solucionar os problemas do Brasil, dando o que eu tinha de melhor, arriscando a minha própria vida. Veio o processo de democratização e procurei trazer novos temas para a sociedade debater. Finalmente, na etapa que eu considerava a última, assumi minha vida parlamentar. Só que essa etapa chegou a um certo esgotamento diante da minha necessidade de realizar coisas práticas, de ajudar a cidade que amo. O Rio precisa de mim. Por isso, acho que a grande lição que tiro do meu passado, e que unifica toda a minha vida, é o sentido de missão a cumprir.
... pra conferir a entrevista completa clica no link do blog.
Os asquerosos da Central Globo de Notícias, estão de olho nisso tudo!
Emir Sader - As dinastias midiáticas
Assim tem sido ao longo de toda a história da imprensa no Brasil. No momento mais decisivo da história do século XX, em 1964, essas dinastias pregaram e apoiaram o golpe militar, assim como a instalação de uma longa ditadura, que mudou decisivamente os rumos do nosso país. Enquanto os militares intervinham nos poderes Judiciário e Legislativo, enquanto suspendiam todas as garantias constitucionais, enquanto fechavam todos órgãos de imprensa que discordaram do golpe e da ditadura, enquanto a maior repressão da nossa história recente se abatia sobre milhares de brasileiros presos, torturados, exilados e mortos, enquanto isso, as dinastias da imprensa mercantil se calaram sobre a repressão e apoiaram o regime militar!
Eram estes mesmos Mesquitas, Frias, Marinhos, Civitas, estes mesmos que transmitem por herança – como se fosse um bem privado – seu poder dinástico, transferindo-o para os seus filhos e netos. Os júlios, os otávios, os robertos, os victor, vão se sucedendo uns aos outros, a dinastia vai se perpetuando. Que se danem a democracia e o país, mas que se salvem as dinastias!
Mas, hoje, elas estão vendo seu poder se esvaindo pelos dedos. Conta-se que um desses herdeiros, rodando em torno da mesa da reunião do conselho editorial, herdada do pai, esbravejava irado: “onde foi que nós erramos? onde erramos?”. Estava desesperado porque a operação “mensalão” não conseguiu derrubar Lula elegendo o tucano, da sua preferência.
Se ele tivesse olhado os gráficos escondidos na sua sala, teria visto que, nos últimos dez anos, as tiragens dos jornais despencaram. A Folha de São Paulo, por exemplo, que é um dos de maior tiragem, perdeu em 10 anos, de 1997 a 2007, quase cinqüenta por cento dos seus leitores! Depois de quase ter atingido 600 mil leitores, vai fechar o ano de 2008 com menos de 300 mil! Uma queda ainda mais grave se considerarmos que, nesse período, houve crescimento demográfico, aumento do poder aquisitivo, maior interesse pela informação e elevação do índice de escolaridade dos brasileiros.
Os leitores deste jornal de direita estão entre os mais ricos da população. Noventa por cento dos seus menos de 300 mil exemplares são destinados aos leitores das classes A e B, as mesmas que não atingem dezoito por cento da população brasileira. Em outros termos, nove entre cada dez leitores do jornal pertencem aos setores de maior poder aquisitivo e suas condições de vida estão a léguas de distância das do nosso povo – esse povo que gosta do programa bolsa família, dos territórios de cidadania, da eletrificação rural, dos mini-créditos, do aumento real do salário mínimo, da elevação do emprego formal, etc.
A última e mais recente pesquisa sobre o apoio ao governo Lula, que a imprensa dinástica procurou esconder, realizada pela Sensus, revela que Lula é rejeitado por apenas treze por cento dos brasileiros! É essa ínfima minoria, cinco vezes menor do que aquela dos que apóiam o governo Lula, que povoa os editoriais dessa imprensa, suas colunas, seus painéis de cartas dos leitores! Esse é o índice da influência real que a mídia mercantil – juntando televisão, rádio, jornais, revistas, internets, blogs – tem! Apesar de todos os instrumentos monopólicos de que dispõem, apesar das campanhas diárias para dominar a opinião pública, não conseguem nada além desse pífio resultado dos treze por cento que representam!
As dinastias podem continuar a ter filhos, netos e bisnetos, mas é possível que já não dirijam jornais. Esta pode ser a última geração de jornalistas dinásticos que, talvez exatamente por isso, revelam diariamente o desespero da sua impotência, assumindo o mesmo papel que ocuparam nos anos prévios a 1964. É o mesmo desespero da direita diante da popularidade de um Getúlio e do governo Jango. Nos dois casos, só lhes restou apelar à intervenção das Forças Armadas e dos EUA, estes mesmos EUA que nunca fizeram autocrítica, nem desta nem de qualquer outra das suas intervenções contrárias à democracia da qual pretendem ser os arautos! Depois de terem pedido e apoiado o golpe militar, porque ainda acreditam que podem dizer quem é democrático e quem não é?
Por Emir Sader (sociólogo paulista de autoridade).
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Turismo espacial direto do aeroporto
Uma empresa emergente do setor aeroespacial acaba de apresentaru o Lynx, um pequeno avião-foguete que deverá ser capaz de levar um piloto e um único passageiro em vôos suborbitais, para o chamado turismo espacial.
Avião-foguete
A empresa afirmou que o Lynx poderá fazer vários vôos por dia, sendo que os primeiros testes deverão começar em 2010. O filme não mostra um teste real, mas uma simulação do princípio de funcionamento da espaçonave.
"Nós projetamos esse veículo para que ele opere de forma muito parecida com uma aeronave comercial. Seus motores acionados por combustível líquido oferecem uma segurança adicional," disse Jeff Greason, fundador da empresa, em comunicado divulgado no site da XCor.
Turismo espacial individual
Enquanto o SpaceShipTwo, da concorrente Virgin Galactic, poderá levar até seis passageiros, o pequeno avião espacial levará apenas um. O Lynx tem a grande vantagem de decolar diretamente de um aeroporto, sem a necessidade do suporte de um avião adicional.
E, ao contrário dos ônibus espaciais, que têm uma única oportunidade para aterrisar, o Lynx terá combustível suficiente para abortar um pouso e fazer uma nova tentativa.
Vôo suborbital
O Lynx também não ganharia o Ansari X Prize, que exigia que as espaçonaves atingissem 100 quilômetros de altitude. Seus vôos, com duração de 25 minutos, chegarão a uma altitude máxima de 61 quilômetros. O X Prize foi vencido pela SpaceShipOne.
Os motores-foguete do Lynx são alimentados por querosene de aviação misturado com oxigênio líquido. A empresa afirma que o Lynx II já está na prancheta, devendo atingir 120 quilômetros de altitude.
Redação do Site Inovação Tecnológica
27/03/2008
28 de março de 2008
China irá ultrapassar EUA em Ciência e Tecnologia
"É como ter 40 anos de idade e jogar basquete contra um adversário de apenas 12 anos, mas que já tem a sua altura. Você é um pouco melhor do que ele, e tem mais experiência, mas não vai conseguir melhorar muito o seu desempenho. O futuro claramente não parece bom para os Estados Unidos."
Saem Estados Unidos, entra a China
As palavras são do norte-americano Nils Newman, diretor de novos negócios da Search Technology, e servem como resumo dos resultados de um estudo comparativo sobre competitividade dos países mais industrializados.
Em um momento em que a economia norte-americana dá sinais cada vez mais fortes de uma inevitável recessão, a pesquisa chega como um grande banho de água fria para o país. De acordo com o estudo, financiado pela National Science Foundation, a China em breve ultrapassará o gigante rival e se tornará o principal motor da economia mundial, posição ocupada pelos Estados Unidos desde o fim da Segunda Guerra.
Liderança chinesa
Os indicadores apontam que a inversão já começou, com os chineses aparecendo em 2007 na liderança no item competitividade tecnológica. O trabalho analisou o desempenho na exportação de produtos tecnológicos em 33 países, combinado com quatro fatores: orientação nacional no sentido da competitividade tecnológica, infra-estrutura socioeconômica, infra-estrutura tecnológica e capacidade de produção.
Os dados foram combinados com análises de especialistas para se chegar aos índices finais. Os Estados Unidos ficaram com 76,1, seguidos pela Alemanha com 66,8 e Japão com 66, mas com a China à frente, com um impressionante 82,8. Ao repetir a análise, mas para dados de 1996, os pesquisadores verificaram que o índice da China era de apenas 22,5, longe dos 95,4 dos norte-americanos, então no auge de seu domínio tecnológico.
Tecnologia chinesa
"A China mudou completamente o cenário mundial em relação à tecnologia. Pegue manufatura de baixo custo, foque em tecnologia e combine o resultado disso com a crescente ênfase em pesquisa e desenvolvimento e teremos um resultado que, ao final, não deixará muito espaço para os outros países", disse Alan Porter, diretor do Centro de Política Tecnológica do Instituto de Tecnologia de Georgia (Georgia Tech), que coordenou o estudo junto com Newman.
A pesquisa também indica que a China ultrapassará em breve os Estados Unidos no desenvolvimento de ciência e tecnologia básica, na capacidade de transformar inovações em produtos e serviços e na eficiência de venda para o resto do mundo.
Qualidade futura
Embora a China continue sendo encarada por muitos como um fabricante de produtos baratos e de baixa qualidade, o estudo, intitulado High Tech Indicators, mostra claramente que o gigante asiático tem aspirações muito maiores.
"Pela primeira vez em quase um século vemos a liderança em pesquisa básica e na capacidade econômica de buscar os benefícios das pesquisas - ou seja, criar e comercializar produtos baseados em pesquisa - em mais de um lugar no planeta", disse Newman.
"É uma situação em que temos produtos tecnológicos no mercado mundial que não são desenvolvidos ou mesmo comercializados nos Estados Unidos. Não temos mais envolvimento com eles e até mesmo não sabemos que eles estão sendo lançados", destacou.
Próximo Japão
A Georgia Tech tem produzido os High Tech Indicators desde a década de 1980, para tentar avaliar qual país se tornaria o "próximo Japão", ou seja, o novo adversário dos norte-americanos na economia mundial.
O novo estudo indica que tanto os Estados Unidos como o Japão estão em queda no item competitividade tecnológica, em contraste com o crescimento elevado da China e de outros tigres asiáticos, como Coréia do Sul, Cingapura e Taiwan. Além disso, se os 27 países da União Européia foram considerados em conjunto, o resultado também deixaria os norte-americanos para trás.
Mas o maior sinal dos novos tempos é que os indicadores mostram que a maior parte das nações industrializadas atingiu uma espécie de equilíbrio. O que não se verifica nos números da China, que sinalizam um avanço sem interrupções nos próximos anos.
Agência FAPESP_2008.
China e a Etapa Primária do Socialismo
Por Elias Jabbour*
Uma das sínteses das inúmeras elaborações diz respeito a uma chamada “etapa primária do socialismo” na qual a China se encontra e se encontrará ainda por algum tempo. O que vem a ser dita etapa?
O surgimento do termo em Preobrazhenski e o “modelo soviético”
O economista russo Evgeni Preobrazhenski (1886-1937) foi o primeiro a se referir a uma chamada “etapa primária do socialismo”(1).
O economista russo tornou-se famoso pelas análises da relação entre inflação e industrialização em economias agrárias atrasadas e em estado de isolamento internacional, como a Rússia revolucionária. A oposição que fez à implementação da NEP era substanciada pelo diagnóstico, onde a industrialização russa passava por uma forte necessidade de investimentos, cujos efeitos (geração de renda, p. ex.) se sentiriam antes do aumento da produção. Logo, uma onda inflacionária colocaria em risco a aliança operário-camponesa (2).
A “etapa primária do socialismo” em Preobrazhenski seria uma formatação geral onde a chamada harmonia entre superestrutura e base econômica seria possibilitada. Este estágio da transição teria como objetivo a formação de uma acumulação primitiva socialista. Tal estágio - alcunhado e análogo ao processo de acumulação primitiva capitalista descrito por Marx no final do Livro 1 de O Capital – partiu do princípio de que o processo de financiamento da economia russa seria impossível nos quadros de uma economia isolada (impossibilidade de acumular divisas estrangeiras), logo a industria se via sem condições de “puxar” o processo de acumulação e financiamento.
Assim, a acumulação primitiva socialista, em Preobrazhenski, seria possível nos marcos de trocas desiguais entre a agricultura e a indústria. Os problemas da inflação e do investimento seriam resolvidos na transformação, ou desvio, dos excedentes camponeses transformados em consumo para o investimento. Esse processo - descrito superficialmente - convencionou-se chamar de “modelo soviético de desenvolvimento” (3).
O problema chinês
Os chineses a partir de 1978 passam a determinar de maneira mais clara o conceito de “etapa primária do socialismo”. A superação desta etapa, porém – no caso chinês – deixou de ser pela via do “modelo soviético”, para a via de uma NEP em proporções gigantescas.
A opção pelo “socialismo de mercado”, ou de forma mais suscinta, transformar os excedentes comercializaveis dos camponeses em poupança inicial, traria e trouxe a solução de pelo menos três óbices: 1) reversão das trocas desiguais, agora amplamente favoráveis aos camponeses; 2) solucionar a questão do abastecimento alimentar e formação de um mercado consunidor para produtos industrializados (bens de consumo) e 3) recompor assim o pacto de poder de 1949, caracterizado pela hegemonia camponesa, base esta desgastada com a proibição de comercialização de produtos agrícolas da era-Mao.
O leitor pode se perguntar se os efeitos (inflação) indicados por Preobrazhenski por conta da aplicação da NEP, não poderia ocorrer. Respondo que sim, a inflação corroedora de salários atingiu em cheio a China no final da década de 1980, sendo um dos estímulos à rebelião contra-revolucionária de junho de 1989. A capacidade de importação de máquinas e a consequente formação de um Departamento 1 Novo (indústria mecânica pesada), abriu soluções a este problema.
A definição do termo em Deng Xiaoping
Retornando, logo a classe camponesa numa formação social específica, como a chinesa, poderia desempenhar um papel muito mais ativo no processo de acumulação do que em outros países, como a Rússia.
O pressuposto da solução via camponeses médios elaborada por Deng Xiaoping, foi sintetizado na caracterização de uma formação social (no caso, chinesa) que se encontraria ainda na etapa primária do socialismo, como segue: 1) formação social onde a maior parte da população está ocupada na agricultura e dependente do trabalho manual; 2) escassez de recursos minerais; 3) ciência e tecnologia atrasadas; 4) grandes disparidades regionais de ordem econômica, social e cultural; 5) grande parte da população vivendo com dificuldades; 6) falta de autonomia tecnológica e de financiamento, e; 7) grande distância para com o nível de desenvolvimento do centro do sistema (4).
Levando-se em conta a realidade russa em 1917 e a realidade chinesa em 1938 (o nível de desenvolvimento chinês de então, era semelhante ao verificado na Rússia em 1938), a definição chinesa de “etapa primária do socialismo” é equivalente à que demandaria numa realidade como a vivida por Preobrazhenski em Rússia quase medieval.
O caso brasileiro
Até que ponto, para o Brasil, poderia se enquadrar esta tal “etapa primáia do socialismo” elaborada nos termos levantados por Preobrazhenski e Deng Xiaoping?
Sinceramente muio pouco. Por que? Porque o Brasil já tem mais de dois terços da população vivendo nas cidades, temos um sistema financeiro (bancos estatais e privados e um mercado de capitais) pronto para carrear recursos aos sotores estrangulados da economia. Temos uma grande produção agrícola altamente competente e de ponta a nível mundial e um edifício industrial completo, inclusive com um Departamento 1 Novo na economia, pronto para fabricar trilhos, geradores, locomotivas, trens, etc. Temos excelência em pesquisas em todos os ramos científicos.
A nossa realidade é muito mais promissora que a vivida pelos russos em 1917 e os chineses em 1949 e 1978.
Uma república dos trabalhadores e das amplas massas populares (conforme nosso Programa Socialista) no Brasil partiria de uma situação onde seria mister aprofundar a industrialização no campo (nunca retornar à pré-história com propostas de cunho anticientíficas que se transformaram em senso comum na esquerda), manter uma classe privada de pequenos e médios produtores rurais, centralizar o sistema financeiro à servir de base à socialização da produção ao mesmo tempo em que novos campos de investimentos se abram nas cidades.
Por fim, acelerar o processo de automação industrial, ultra-necessário à libertação do home do jugo da máquina, no rumo da auto-gestão da produção.
Agora como nossa vontade não está acima das leis da natureza, continuemos no rumo da acumulação estratégica de forças.
Notas:
(1) DAY, R. B.: “Preobrazhenski and the Theory of the Transitional Period”. Soviet Studies 8. New York, 1975, p. 08.
(2) FILZER, D. (org.): “1921-1927: The Crisis of Soviet Industrialization: Selected Essays”. White Plains. Sharpe, London, 1980, p. 153.
(3)No que tange a regulação econômica durante o estágio de “acumulação primitiva socialista”, Preobrazhenski sugeria a coexistência de duas formas regulatórias: uma controlada pelo Estado (planejamento) e outra pautada pela lei do valor, ou seja, resultado da manutenção da produção privada de mercadorias e da propriedade privada. Trata-se de formas de mediar as diferenças existentes entre relações de produção socialistas e privadas coexistentes no período de transição.
(4) ZEMIN, Jiang: “Hold High the Great Banner of Deng Xiaoping Theory for an All-Round Advance of the Cause of Building Socialism with Chinese Characteristics into the Twenty-First Century”. Report to the Fifteenth National Congress of Communist Party of China. People’s Publishing House, Beijing, 1992, p. 15.
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