“Horríveis as cidades! Nada de asas! Nada de poesia! Nada de alegria! Paulicéia – a grande boca de mil dentes. Giram homens fracos, baixos, magros. Estes homens de São Paulo, todos iguais e desiguais, quando vivem dentro dos meus olhos tão ricos, parecem-me uns macacos, uns macacos”, alertou Mário de Andrade, em Paulicéia desvairada (1922), ao perceber os primeiros sinais da modernização da futura metrópole. Se a cidade moderna era libertação do homem, ela tirava sua singularidade; desiguais em suas características sociais e culturais, viraram miseravelmente iguais no aglomerado urbano, vulneráveis, segregados, enfim, menos do que homens: macacos. Esse “desvairio” só aumentou de 1922 para hoje. Afinal é preciso coragem para adentrar a tal boca. Mais: é preciso conhecimento para localizar e avisar o Estado e as entidades sobre onde estão as “cáries sociais”, como faz o Centro de Estudos da Metrópole, o CEM.
Leia a reportagem completa no sie da revista Pesquisa Fapesp.
Nenhum comentário:
Postar um comentário