Trecho da matéria:
... Após meses de pesquisas, Stiglitz e Bilmes publicaram agora seus circunstanciados descobrimentos. O resultado é assustador: a guerra de Bush no Iraque custou, só aos EUA, 3 trilhões de dólares. Nessa quantia estão incluídos os gastos bélicos diretos, na medida em que se refletem no orçamento dos EUA. A isso é preciso acrescentar os custos propriamente econômicos, que não aparecem no orçamento: Stiglitz e Bilmes calculam os efeitos macroeconômicos e econômico-planetários da guerra em pelo menos outros 3 trilhões de dólares. Apenas os custos diretos da guerra de Bush já ultrapassam os das guerras do Vietnã e da Coréia somados. O montante, estimado de modo conservador, destes 6 trilhões de dólares eqüivale aproximadamente ao valor de todas as reservas de ouro e divisas do mundo. Todos os meses, os EUA precisam desembolsar mais de 16 bilhões de dólares em custos correntes para as guerras do Iraque e do Afeganistão, além dos 439 bilhões de dólares do orçamento de defesa.
... Após meses de pesquisas, Stiglitz e Bilmes publicaram agora seus circunstanciados descobrimentos. O resultado é assustador: a guerra de Bush no Iraque custou, só aos EUA, 3 trilhões de dólares. Nessa quantia estão incluídos os gastos bélicos diretos, na medida em que se refletem no orçamento dos EUA. A isso é preciso acrescentar os custos propriamente econômicos, que não aparecem no orçamento: Stiglitz e Bilmes calculam os efeitos macroeconômicos e econômico-planetários da guerra em pelo menos outros 3 trilhões de dólares. Apenas os custos diretos da guerra de Bush já ultrapassam os das guerras do Vietnã e da Coréia somados. O montante, estimado de modo conservador, destes 6 trilhões de dólares eqüivale aproximadamente ao valor de todas as reservas de ouro e divisas do mundo. Todos os meses, os EUA precisam desembolsar mais de 16 bilhões de dólares em custos correntes para as guerras do Iraque e do Afeganistão, além dos 439 bilhões de dólares do orçamento de defesa.
Chama a atenção a quantidade de coisas que o Pentágono e os assessores econômicos do governo de Bush passam por alto em matéria de custos: por exemplo, o custo dos soldados mortos e de seus familiares e dependentes. Ou o dispêndio gerado pelos numerosos feridos ou os gravemente mutilados, aos quais técnicas médicas avançadas conseguiram salvar a vida, ao preço de terem que continuar vivendo como jovens inválidos. Isso para não falar das vítimas iraquianas da guerra, que segundo estimativas de organizações não governamentais ascendem ao milhão de pessoas. E que também não aparecem nos cômputos de Stiglitz e Bilmes.
O governo dos EUA também mentiu no tocante aos custos da supostamente tão eficiente privatização da guerra. Os empregados das empresas de segurança que por encomenda do Pentágono desenvolvem no Iraque seu sangrento negócio custam, em média, dez vezes mais do que custa um G.I. regular (soldados de infantaria) - 400.000 dólares por ano, contra 40.000. Agora há 180.000 mercenários no Iraque. Comparadas a isso, as medidas de economia adotadas parecem piada de falsário: os soldados norte-americanos teriam que financiar parcialmente seu equipamento, segundo exigem os estudos de substituição de danos do Pentágono.
Stiglitz e Bilmes calcularam, também, o que já custou o aventureiro financiamento da guerra de Bush e o que vai terminar custando. Por causa dos cortes fiscais massivos em favor das grandes empresas e dos possuidores de capital e patrimônio, uma parte crescente dos gastos bélicos teve que ser financiada com créditos. Isso vai custar, nos próximos anos, centenas de milhares de milhões de dólares em juros. Uma vez que os norte-americanos não economizam, senão que vivem em esmagadora maioria de empréstimos (muitos foram forçados a isso por salários e rendas em baixa), os juros terão que ser financiados com importações de capital. O crescente endividamento do Estado transforma- se, assim, a um ritmo vertiginoso, em um crescente endividamento exterior.
O governo Bush acaba dentro de alguns meses; as conseqüências financeiras de sua aventura bélica serão padecidas pelas gerações e os governos vindouros. ...
Para ler a matéria inteira: Michael Krätke
Fonte: Michael Krätke, membro do Conselho Editorial de SINPERMISO, estudou Economia e Ciências Políticas em Berlim e em Paris. Atualmente é professor de Ciências Políticas e de Economia em várias universidades alemãs e no estrangeiro, desde 1981 principalmente em Amsterdã. Co- editor da revista alemã SPW (Revista de política socialista e economia) e da nova edição crítica das Obras Completas de Marx e Engels (Marx-Engels Gesamtausgabe, nueva MEGA). Pesquisador associado ao Instituto Internacional de História Social em Amsterdã. Autor de numerosos livros sobre economia política internacional.
O governo dos EUA também mentiu no tocante aos custos da supostamente tão eficiente privatização da guerra. Os empregados das empresas de segurança que por encomenda do Pentágono desenvolvem no Iraque seu sangrento negócio custam, em média, dez vezes mais do que custa um G.I. regular (soldados de infantaria) - 400.000 dólares por ano, contra 40.000. Agora há 180.000 mercenários no Iraque. Comparadas a isso, as medidas de economia adotadas parecem piada de falsário: os soldados norte-americanos teriam que financiar parcialmente seu equipamento, segundo exigem os estudos de substituição de danos do Pentágono.
Stiglitz e Bilmes calcularam, também, o que já custou o aventureiro financiamento da guerra de Bush e o que vai terminar custando. Por causa dos cortes fiscais massivos em favor das grandes empresas e dos possuidores de capital e patrimônio, uma parte crescente dos gastos bélicos teve que ser financiada com créditos. Isso vai custar, nos próximos anos, centenas de milhares de milhões de dólares em juros. Uma vez que os norte-americanos não economizam, senão que vivem em esmagadora maioria de empréstimos (muitos foram forçados a isso por salários e rendas em baixa), os juros terão que ser financiados com importações de capital. O crescente endividamento do Estado transforma- se, assim, a um ritmo vertiginoso, em um crescente endividamento exterior.
O governo Bush acaba dentro de alguns meses; as conseqüências financeiras de sua aventura bélica serão padecidas pelas gerações e os governos vindouros. ...
Para ler a matéria inteira: Michael Krätke
Fonte: Michael Krätke, membro do Conselho Editorial de SINPERMISO, estudou Economia e Ciências Políticas em Berlim e em Paris. Atualmente é professor de Ciências Políticas e de Economia em várias universidades alemãs e no estrangeiro, desde 1981 principalmente em Amsterdã. Co- editor da revista alemã SPW (Revista de política socialista e economia) e da nova edição crítica das Obras Completas de Marx e Engels (Marx-Engels Gesamtausgabe, nueva MEGA). Pesquisador associado ao Instituto Internacional de História Social em Amsterdã. Autor de numerosos livros sobre economia política internacional.
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